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Projeto AIBA

Estudo do uso do solo e mensuração do potencial de fixação do carbono no solo em áreas irrigadas no Oeste da Bahia

As mudanças de uso e manejo do solo, seja por meio de desmatamento, reflorestamento, intensificação da agricultura, irrigação, dentre outras práticas, alteram a fotossíntese e evapotranspiração da vegetação, causando mudanças no balanço de água e carbono da superfície. Em regiões onde a taxa de mudança de uso do solo é muito rápida, como é o caso da região de MATOPIBA de maneira geral, ou mais especificamente no Oeste da Bahia, as mudanças introduzem rápidas modificações nas séries hidrológicas, que deixam de ser estacionárias, ou seja, os parâmetros estatísticos das séries hidrológicas se modificam rapidamente com o tempo, causando erros nas suas interpretações.

Os irrigantes do Oeste da Bahia dependem sistematicamente dos recursos hídricos tanto superficiais quanto subterrâneos. A região coincide com o Aquífero Urucuia, manancial subterrâneo de extensão regional, que é recarregado pela drenagem profunda da água após percolar por todas as camadas superficiais do solo. Essa recarga é uma fração, ainda desconhecida, da diferença entre precipitação e a evapotranspiração regional. Outra preocupação com relação a regiões que se desenvolvem rapidamente como o Oeste da Bahia é se o desenvolvimento regional é sustentável. Além da preocupação com o consumo dos recursos hídricos regionais, o balanço de carbono regional também deve ser monitorado. As atividades agrícolas emitem gases de efeito estufa, como o CO2 emitido durante o desmatamento e alterações no manejo do solo, metano (CH4) emitido pela fermentação entérica dos ruminantes (gado bovino), e óxido nitroso (N2 O) emitido quando se aplica fertilização nitrogenada em excesso. Por outro lado, as atividades agrícolas podem representar também um importante sumidouro de gases de efeito estufa, principalmente o CO 2, em solos 1 sob correto manejo. Numa região sob rápidas mudanças de uso no solo e rápido desenvolvimento, é importante calcular o balanço de carbono da região, a fim de verificar a sustentabilidade da agricultura regional. Assim, o objetivo principal deste projeto é quantificar a evolução histórica (desde 1990) do uso do solo na Região do Oeste da Bahia e do Aquífero Urucuia. Além disso serão determinados o balanço de carbono e taxa de recarga do aquífero Urucuia associadas às mudanças históricas no uso do solo regional.